TEMPO AO TEMPO?
Perdido no mito do tempo
Na sobra e falta de tempo
Nas madrugadas do tempo
Em reuniões com todo tempo
Notívagos diálogos de tempo
Passeios tendo e contendo tempo
Diálogos nas meias noites com tempo
Princípios onde principia esse tempo
Preso ao mito de teu temporário tempo
Fustigado por teu intermitente tempo
E perdurará isso ainda por quanto tempo
Dou-lhe todo o meu infindo e apaixonado tempo
Não me perguntando se ainda terei algum tempo
Sôfrego por um micro segundo de teu precioso tempo
Mas agora analisando esse modelo de tempo
Onde se delineia a cadeia de todo teu tempo
No caudal do cabedal de teu íntimo tempo
Nas refrações de teu quadrangular tempo
Solto e envolto pelo teu corrido e indolente tempo
Contrapondo-me a tua total falta de ter tempo
Consolando-me com um segundo de teu tempo
Vendo retraírem-se a cada minuto a mais esse tempo
Isolando-se de mim por conta de falta de tempo
Por onde andas a contrapor-se todo o tempo
Faço coisas que lhe irritam para perturbar teu tempo
Pois não sei o que adicionas e nem o motivo em teu tempo
Madrugadas infinitamente repletas de muito tempo
Tempo que assim torna para mim inatingível tempo
Inconsistente e frágil as explicações do tempo
Pois já há muito tempo observo esse tempo
E sei que lhe perco lentamente no tempo
Mesmo descortinando há tanto tempo
Esse amor por ti que já faz tanto tempo
Aumento mais e mais mesmo sem teu tempo
Por quanto tempo
Tempo tempo
Meu tempo
Teu tempo
Há tempos
Tempo
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