Confissão de Infelicidade
Todos se foram
Apenas me restou
Todos estão livres
Apenas eu que não sinto a vida
Nesses momentos em que sinto
Meus olhos ardendo pelas lágrimas
Penso que eu nunca experimentei a felicidade
Eu não sei exatamente o que é a felicidade
Mas, creio que ela me faz falta
Não sei como ela é, mas eu podia tê-la sentido
Quem sabe ela não esteja comigo todo este tempo?
Será?
Tudo está tão negro e cinza
Que nem consigo mais enxergar
Me levo pela loucura e a solidão
Sinto mãos gélidas
Lágrimas pelo rosto, maquiagem borrada
Cabeça baixa e apenas o silêncio
Algumas palavras me pertubam,
Certos pensamentos me pertubam
E as ações colocam um ponto final em tudo.
Já pensei se a solidão dentro de um caixão
Poderia dar conta do meu caso
Mas apenas estarei levando a minha dor para debaixo da terra.
Penso que a morte poderá ser minha liberdade
Minha felicidade ou até mesmo
O meu merecido castigo.
Castigo?
Arrasto muitas correntes pela vida
Correntes do sofrimento e da desilusão
Malditas sejam essas malditas palavras!
Sofrimento! Desilução!
Tudo o que carrego é só isso?
Meu sacrifício me acarretará só em sacrifícios?
Não me restas mais palavras,
A voz não é escutada mais
A música não é mais tocada.
Eu não tentes descobrir o que quero dizer
É apenas tudo uma doce confissão
De infelicidade