A Carta I
Mãe, que me ama sem pudor e acalma minha dores
Mãezinha, que me salva todo dia da aflição
me ajuda agora pois me mata meus amores
que insistem em se ausentar desse pobre coração
Mãe eu tentei buscar paz e não encontrei
Tem uma guerra sangrenta acontecendo
e nessa batalha que eu mesmo me alistei
já não a outra solução, eu estou perdendo
Sabe quando eu tinha medo e você contava
que nessa vida não existe nenhuma assombração
Dá-me seu colo, e diga que certa você estava
e o que hoje me assombra é mera imaginação
Mãe, me perdoa se não pude ser mais forte
e me entreguei para o que me atormentava
Por castigo minha bússola perdeu de vez o norte
E me fez refém daquilo que eu amava.