DESASSOSSEGO
Quero devolta minha paz
Aquela que dias atrás
Fazia meu coração repousar.
Parece mais que um bramido
Reclama, provoca ruído,
Parece gemer no pulsar.
Ao chegar roubou minha brandura,
Instalou em meu peito uma tristura,
Difícil de acostumar.
Fitou o meu rosto sereno,
Desnudou o equilibrio pleno
Qu'eu estava a carregar.
Tira-me essa dor agora,
Que machuca meu peito e devora,
Ao meu sossego desejo voltar.
E quando for não volte mais,
Não me procure, nem olhe para atrás.
Leve consigo o meu desassossego.
(*) Imagem do google.