Almas sombrias!

Vagueaste pelas sendas da escuridão

Entre gritos, entre dores e sempre aflita

Não te compreendes, nem sabes, não

Quem é? Que fazes tu, aqui perdida!

As saudades batem fortes e dolorosas

Queres ver quem deixaste para trás

Sentes que estás no limbo, sofrendo

Sentes injustiçada, por todos, mal amada

Onde estás tu? Onde está Tu meu Pai!

Tateia lentamente na busca da sua luz

Lamenta como tu lamentas quem fostes

Nem por um simples momento te arrependes

Dos erros, das graças feitas aos outros, afinal

Tu eras tão importante ali, poderosa e única

No teu pedestal, onde ninguém te atingia

Tu caíste, caístes e agora quem te levanta?

Quem? Quem chora por ti? Ninguém chora

E perdida humilhada no teu orgulho ferido

Vagueias na tua lápide, entre os canteiros

Vendo alguém chorando nas outras campas

Rezando e acendendo velas por seu ente amado

Ninguém! Maldita foste tu, que na terra ficaste

De olhos rasgados, ela ajoelha em sua lápide

Vazando as lágrimas do seu arrependimento

Estou tão cansada! Quero dormir, por favor!

Entre soluços, sacudidos pelo vento, molhando

Sua alma, que doía tanto que explodia o coração

Era a hora, uma luz forte, descia sobre a campa

Um anjo, comovido pegou nela e a levou

Para que ela descansasse no jardim de Deus...

Betimartins
Enviado por Betimartins em 12/08/2011
Código do texto: T3155898
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.