Entre o Um e o Dois!
Você finge que não.
Eu só digo ok.
Quantos morrem na mão do destino vazio em nós?
Você percebe a falta de rima.
Eu quero rimar a falta.
De tanto sobrar o que nos resta..
Você busca a melhor pose.
Eu, uma careta que assuste.
Você faz-de-conta.
Eu Mundo-real-cão.
Você esconde as avenidas no bolso.
Eu me perco na viela, exposto.
Entre todas as coisas opostas:
Um! Dois! Três!
Entre todas as coisas perdidas:
Dois! Um!
Mil pessoas em comum.
Entre todos os planos infundados:
Dois! Comuns!
Você insiste em lembrar.
Eu rezo para esquecer.
Você promete não falar.
Eu me calo ao perceber.
Você nota o notório ao ver.
Eu finjo contradizer você.
Nós perdemos a nota que notavamos no começo do fim, nosso.