Meu nome é solidão!

Outrora eu era alegre, feliz

Corria pelos campos, sonhando

Num sonho de amor e esperança

Colhi todas as flores, deitei-me

Sobre elas a ver o manto de estrelas

Roubei-as todas só para mim

Num gesto egoísta também a Lua

Escondi o Sol da manhã, aprisionei-o

Condenei a terra apenas ás trevas

Vaguearam como loucos os poetas

Despertos da sua missão, a do amor

Nos véus da noiva, eu vesti a traição

Nos corações dos pais, eu difamei-os

Nos governantes, eu coloquei a cobiça

Afinal quem sou eu? Sou a solidão

Aquela que todos falam mal e gritam

Como correntes do passado e atolado

Não! Não vou dou a alegria, não dou!

Ela é minha só minha! Ai de ti que a roubes

Afinal ela é a única e generosa amiga...

Betimartins
Enviado por Betimartins em 05/08/2011
Código do texto: T3141247
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