Mortos Vivos
Na calçada escarrada
Onde as prostitutas mijam
Excluídos da sociedade dormem
O sono dos infelizes
Num mundo injusto, ignorados
Atrevem-se a ficar vivos
Um nada ocupando espaço
Sem futuro vivem na lama
Não sentem frio, vivem de loucura
Contentam-se com a dor
Não têm fé, não têm cura
São apenas corpos vazios