Tive Sorte de Não Sucumbir à Morte
TIVE SORTE DE NÃO SUCUMBIR À MORTE
Quis fazer um poema
Sem verso e sem rima,
Que derramasse nas almas
O que vai dentro de mim...
Senti uma dor tão intensa,
Uma saudade imensa de não sei que...
De estar longe de você...
A dor era tamanha,
Que não tive forças
De clicar o teclado
Ou deslizar a pena...
Que pena eu senti de mim,
Mergulhada assim,
Nessa dor insana,
Que acompanha os acordes
De Oswald Montenegro,
Para além dos bandolins.
Tive sorte de não sucumbir à morte
Daquela hora, e renascer depois,
Para a mesma morte viver...