DESENCANTO
Muda voz, olhos não vistos
Sonhos desfeitos e desiludidos
Alma cansada! Vida incoerente
E lágrimas nos olhos malferidos
Vivendo sem perspectivas
Da realização antes guiada
Submeto-me à ideologias
De uma visão desencantada
Faço versos para ao menos tentar
Acalentar o coração da realidade
Chocando as dores de um mundo
Infeliz, deserto e de crueldade
Não prosseguirei mais aberta
Às falsas ilusões e seus amores
Já que só carrego em meu peito
Um ramalhete de murchas flores