A Tristeza Entorpecida
Ouso o vento soprar forte
no coração da tempestade.
Estava tudo cinza e denso.
A tristeza marcada pela dor.
a verdade girou e se foi
levada pelo furação do amor.
Então onde moram os sentimentos?
Quando são levados pelas enxurradas?
Para jardins floridos no paraíso?
Ou simplesmente morrem no mar?
Vai-se com o sol poente e se perde
Na fria e melancólica madrugada.
Foi subestimado o amor
Toda dor levada pelas águas.
Lagrimas desperdiçadas por um
Momento que passou.
Horas submissas em minha retina
Quando o olhar foi mais longe que
O próprio espaço e tempo.
Estava em pleno vôo quando soube
Que nunca havia decolado.
Estava ali parado.
Havia chorado.
A tristeza me dominado.
Um choro calado.
Tristes conseqüências.
Verdades.
Saudades.
Carências.
Nem eu sabia ao certo o que
Havia vivido.
Pensamentos viajantes
Em sua frágil obediência.
Abstinência.
Criança adulta cansada
De sentir essa doença.
O inverso da felicidade.
Doces momentos esquecidos.
A total clemência da puberdade.
Esqueceu quem foi?
O quanto amou?
O quanto alçou vôo?
O quando sonhou e penou
Pelos seus sonhos?
Na beira de uma cachoeira
Em um vale perdido.
Sem saber eu havia sido
Absolvido.
Abri meus braços.
Pulei de olhos fechados.
Entreguei-me ao amor.
Sem saber o que eu encontraria
Quando chegasse lá embaixo.