UMA LÁGRIMA NO PARAÍSO
Vivíamos em paz
Tal não era preciso…
Uma lágrima no Paraíso
Tempos
Que se queriam
De paz e calmaria
Mas de súbito
A janela abriu-se
E a noite caiu entre nós
Fria, fria…
Com
Uma lágrima no Paraíso
Pronunciávamos
O verbo amor
A todo e a qualquer instante
Mas esse liquido salgado
Caiu dos nossos rostos
E nada voltou
A ficar como dantes
Aprendemos uma nova palavra terminal
“adeus”
Não dos céus mas dos sentires
Um esgar anormal
Que nos corrompeu
Que levou a dor até nós
Ficas-te lá
Eu fiquei cá
E perdemos tudo
Ficámos sós
Ficando um mar de lamurias entre os dois
Iniciado
Nessa gota aparentemente insignificante
Amamo-nos
Deixámo-nos de nos amar
Esquecendo estupidamente que o amor é que era preciso
Nada pois nos resta
A não ser as lembranças e
Uma lágrima no Paraíso