Pai, porque nenhuma boa memória
nem alguma sombra de amor teu encontro?
Que ódio enfermo te guiou o instinto
contra o ser indefeso e sem arrimo
Que impensadamente lançaste no mundo?

Se ao menos eu achasse do martírio
um réquiem de fim e alívio!

Mas dilaceraste-me a ferro e fogo!

Entre a compaixão e o desgosto
por ti e de ti só desvendo
o estrídulo som do silêncio!