Toda dor da perda é doída
Toda dor da perda é doída
Perder país, avós, irmãos
É sentir órfão o coração
Porém, dor profunda é a partida
De filhos, pois, levam com eles
Boa parte de nossa vida.
Nossos pais geram sementes
Que transformam em frutos, flores...
E com o tempo eles se vão
Ao término de um ciclo.
Com o coração latente
Nossa alma ferida sente
Mas é o natural da existência.
Porém, germinar sementes
Cuida-las, dando todo carinho
Colo, aconchego, ninho...
E depois vê-la morrer
É difícil de descrever
Tamanha dor corroer.