Quando os beijos não dizem tchau

Impactante a solidão presencial,

não há contato, laços desfeitos,

vozes amordaçadas pelo nada à dizer.

É a podridão aos olhos vistos,

corroendo feito ácido as teias,

daquilo que um dia teve algum sentido.

E nem o badalar forte dos sinos,

despertará quaisquer dos moribundos,

ali sequer há suspiros, jaz o frio e o vazio.

Maldita rotina que tanto castiga e perturba,

como a prisão de um escritório sem aberturas,

não existem cores, somente cinzas e exigências.

E talvez algumas lágrimas escondidas...