TRISTEZA INFINDA

Estou ficando nua de sentimentos

Perdida às vezes no caminho

Isolada à beira da fonte

Choro a falta da ilusão

Uma rosa cobre minha tristeza

Eu fito-a incansavelmente

Os espinhos outrora nela

Estão encravados no meu peito

Perfurando até minha alma

As lágrimas caem ininterruptamente

O soluço abafado na cadeia do meu eu

Até pra sofrer preciso me conter

Tenho perícia e diplomacia na arte

O mundo nesse momento fecha-se

A escuridão de mim toma conta

O meu leito é a única companhia

Para horas de dor e lamento

26/07/2011.

Esperança Castro
Enviado por Esperança Castro em 26/07/2011
Reeditado em 02/07/2021
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