Um dia... Não mais sofrerei, por ser Artista...

Tem gente, que mesmo alegre,
Feliz, solícita e sorridente!
Sofre na alma! Lá no coração da alma
Esse coração subjetivo e singular
Que somente Deus pode tocá-lo
Eu sou assim! Sofro na alma
E sempre tenho motivos... Muitos motivos
Sou discriminada enquanto artista...
Ninguém me entende!
Me negam  até mesmo a fala!
Nunca me dão oportunidades
Porque a minha irreverência
Assusta a  quem estar no poder
E eu que no meu trabalho
Sempre estou em funções de destaque
Funções de gerenciamento
Vivo um grande dilema...
Sei que sou ótima professora, mãe e  gestora
Porém, na Arte, onde eu mais quero estar
Me omitem os trabalhos que são realizados fora
Me cortam ou negam o uso da liberdade de expressão
E o mais grave!! Me retiram de programações
Sem antes pelo menos me avisar
Sinceramente, a Arte é para mim
A maior beleza do mundo
Criada pala alma das pessoas
Mas nessa nossa sociedade de hipocrisia
Ela abre uma grande porta
Para dar entrada ás injustiças...
Pelo menos, comigo! Assim tem sido...
Mas  ninguém matará o verdadeiro artista
Porque toda arte, a meu ver
Primeiro nasce e cresce na alma
E só morre quando o coração da alma
Pulsar pela ultima vez...
Ainda assim, cada Artista viverá presente
Mesmo ausente...
Pela presença das suas Obras.
***
Fátima Alves ( Poetisa da Caatinga potiguar)
Natal, 25. 07. 2011
Texto publicado no meu 4º livro "Letras de Caatingueira"
Foto de Emanoel Milhomens
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 25/07/2011
Reeditado em 21/06/2018
Código do texto: T3117807
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