Meu ser, minha Alma


Meu ser hoje está sarapintado.
Os matizes, todos variados,
Me tornam grande pedinte
Dos feitos não terminados.

Pareço até um ser mitológico:
Que está até ficando neurótico
Pois de tanta nostalgia,
Vai acabar praticando hipocondria.

Meu ser! Alma! Calma!
Não caminhe para o calvário!
Escuta ao longe o campanário
Que ecoa som humanitário.

Alma! Cala! Acomoda!
Procura ser inspiradora
Da divina luz criadora
Que sempre é boa noticiadora!

Calma! Escuta! Te alenta!
Devolva-me á placenta
Guardando-me da estrada poeirenta
ao mesmo tempo tão opulenta.

Oh! Alma, interna e eterna!
Mesmo que seja com lanterna
Não me abandona, me governa
Pois sou sua subalterna.

Agora veja, que tristeza!
você ... perder a realeza...
Me tratando com brabeza?
Não me deixe sem defesa!