DESESPERO...

 

 

O telefone não toca

A saudade desemboca

Em minhas veias – o sangue

 

Que se esvai quase morto

Como se fora um aborto

Em meu corpo – exangue.

 

Essa paixão repentina

Um desastre - minha sina

Causa dor forte, amiúde...

 

Abre todas as comportas

Sem piedade me exorta

À escuridão d’um ataúde.

 

Ah! Esse jeito sem jeito

De me causar um despeito

Do inevitável fracasso.

 

Do amor que eu não tive,

Da alma que sobrevive

E já perdeu seu algaço.

 







Lindo dia a todos!