DISSIPAÇÃO
Raios de sol por entre torres de igrejas,
Limiares de versos em paredes de luz.
Limite da visão no teu olhar que almeja
Meu pranto, em desencanto, na cruz.
Vôos de liberdade em minha mente,
Sementes que brotam nesta amplidão.
Egos tímidos de gemidos dementes.
Acorrentam asas em mortal solidão.
Decadente ser em universo extinto,
Já sem destino, clama pelo teu calor.
Sedento em deserto segue instintos,
Busca o teu lugar em algum pendor.
Gélida alma que se esvai em salinas,
Nas mãos já desatinam os tatos de dor,
Versos calados em lápides de resinas,
São pares de rimas em funesto louvor.
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Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 18 de julho de 2011.
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INTERAÇÃO:
Teu pranto eu não desejo, saiba.
Que dissipe dos versos a dor
E almas se libertem e amor caiba
Em vidas levadas em belo andor.
Que não findem as esperanças
E que ecoem só risos e sabor
Que venham alegrias e bonanças
E soem os sinos no enlace do amor.
(Valéria Lisita)
Grato pela gentil e bela interação, cara amiga e poetisa,
Valéria Lisita!