Menino Triste.
Menino triste, sem sonho, sem maldade, com apenas um olho lacrimejado.
Menino infeliz, utópico, ingênuo, melódico, mas com a mente de um gênio.
Sai e vê só os ventos junto às gaivotas.
Talvez ele faça uma carta dizendo “doa-se um beijinho ou um abraço”.
Na esperança de que de alguém leia e o veja,
Pois ele já fez o enxoval para o seu funeral.
O indecente, neste caso, se funde ao incerto.
Certo mesmo são a solidão e a passividade que temos
E temos que ter.
Decente mesmo... Não existe.
Decadente, decadestista, dodecafônico;
É tudo fora da realidade.
Talvez aquele garoto mereça um minutinho (rápido) de silêncio
E, depois, voltem ao trabalho!