SAL DE LÁGRIMAS
De: Ysolda Cabral
Totalmente desorientada,
Com o coração em agonia,
Hoje estou desamparada,
Pois de mim fugiu a poesia.
Sensibilidade a flor da pele,
É preciso que me rebele,
Pois judiar das feridas,
Não é de grande valia.
Vou curá-las no Mar,
Porém chove em demasia,
E, enquanto a chuva não passa;
Vou tratando-as com as lágrimas,
Que por serem salgadas,
Aliviam a dor da minha alma.