Milagre...

Que revolta em saber,

Que não verei mais você.

A padaria fechou,

O trânsito congestionou,

Não me acho inteira em meio toda essa multidão...

Achei só o cru de mim.

Minha essência partiu em novembro...

Mal esperou fevereiro raiar.

Minha alegria de chita,

Ficou cinza.

Meus traços debaixo do viaduto procurei...

Não achei no ato!...

Peregrinei, peregrinei...

E até unir meus pedaços, retalhada fiquei...

Depois de tantos passos tortos,

Tantos tapas na cara,

Tantas lágrimas ameaçadas...

Veio a luz e por milagre, mas só por um milagre... Me encontrei

Essa poesia é relacionada ao meu Pai.

Luz,

Shalom.

Camila Senna
Enviado por Camila Senna em 16/07/2011
Reeditado em 15/03/2012
Código do texto: T3099367
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