SUSPENSA EM MIM MESMA

Quero muito não me esquecer disso tudo

Foram escolhas feitas no limiar dos caminhos

Busquei tanto fazer o melhor nas almas

E nunca diferenciar suas luzes

Mas seres são sempre tão diferentes

E vislumbram sonhos tão distintos

Como libélulas que vagam ora nas sombras

Meus vôos assim, não foram ouvidos

Mas vistos em dimensões tortas

Posturas inóspitas

Como um carrossel de erros

E nessa diversidade de intenções

Quis tanto ser eu mesma

Mas querer é apenas querer

Não move verbos

Nem risca desenhos

Resta-me ficar á espera

Esperar algo não sabido

Como lembranças em sótãos abandonados

Cheios de correntes esquecidas

Que nas noites tilintam

Deixando crianças sob lençóis assustados

E nessa espera vil

Meus olhos incham

Soluços regurgitam

Em gritos de pedidos velados

Esperanças breves

De que um dia possam entender

Ver claramente esta alma

Temente ao um Deus que ama

Esta mesma alma ainda criança

Cheia de uma solidão sã

Hoje em tristeza febril

É somente um espírito que voa

Perdido...

Na busca de luz

E quer viver

Enfim.... viver

Nada mais!

Ka Santos

Ka Santos
Enviado por Ka Santos em 15/07/2011
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