Bato o Martelo Para o Juízo Final.
Já passei e auto-desejei.
Já fui o bolo desejado de uma vida ameaçada.
Eu sempre me senti só, sempre me senti o ó.
Sempre fui à peça que faltava no dominó.
Mas sempre tive a poesia do sempre, que me ajudou a extravasar minha adrenalina
Enquanto eu domino as rimas e as expressões lógicas de uma vida.
Ressalta, aqui, então, a minha revolta.
Resultam as minhas escolhas. Levanta alto a mão, porque você esta em minha mira.
Olha, saindo uma rima. Reze então, mas seja igual a mim e nem siga a religião.
Hoje ando meio descrente, mas creio em minhas revoltas. Não vou calar.
Não que me ouvir? Então saia daqui, pois aqui é meu lugar.
Eu conquistei, eu lutei pra chegar, até que eu cheguei longe para quem nunca pensava em chegar a nada.
Hoje eu sou o sal da sua salada.
Hoje eu sou o tempero dos seus dias de hipocrisia. Hoje eu sou a poesia.
Se eu for embora sem dar um adeus, pelo menos deu tempo de deixar minhas antologias escritas em formas vivenciadas.
Essa é minha missão, então levanto minhas mãos sem saber o paradeiro de um futuro com pouco desejo.
Hoje eu prefiro viver esse auto-desrespeito, porque logo eu sei que vocês virão me ver.
Só não se esqueça de pedir um autógrafo, pois logo eu me empolgo e começo a improvisar e você estará em minha vista.
Na minha visão ótica, você me esboça, me entulha.
Estou de patrulha. Então, compactua com minha mente que desmente sobre suas inverdades. Você é a fatalidade em que o mundo é uma desgraça.
Reclamo ao “Senhor dos desgraçados”!
Eu prefiro ser esse perturbado, mas sabe, neguinho, que eu falo a verdade de um cem real.
Por essa, eu teria que ter minha cara esboçada em uma cédula,
Mas nela mostraria o meu famoso “dedo do meio”!
Desrespeito? O que é desrespeito para você?
Sendo que você já desrespeita só porque eu bato de frente e não puxo seu saco.
Não sou chato para te ficar coçando,
Mas sou sarna para ficar te caçando.
Quando eu for, não quero você me visitando, não quero ver você lá me olhando.
Sai da minha campa, não quero suas flores, pois elas são murchas como seu coração preto e oco.
Não quero nem as moscas invadindo o meu vilarejo, meu paraíso para viver num mundo de um sono profundo.
É melhor um sono profundo que viver onde já é o inferno, onde vivemos putos.
Onde vivemos como filhos da puta.
Onde os nobres não têm nada de nobreza, são filhos da soberba.
Onde a arte é como porta de saída para o buraco.
Onde poucos dão importância ao seu dom.
Onde a maioria é fútil de tanta ignorância e arrogância.
Nessa estância, bato o martelo para o juízo final.
Acabou...