DESABAFO DE UMA ALMA FERIDA.

Me perdi do mundo lá fora, agora já não mais agüento

Aqui dentro jaz o mar agourento.

Querer o que não se pode ter, desejar e perder, escorregar e aprender.

Não dizer, esconder, prender, emudecer... Derrepente não sei mais o que fazer;

Perdida e em contrapartida vazia.

Fria, gelada, amuada, aquietada, domada. Sem rumo, sem futuro e em apuros.

Senti a tristeza deslizar até a mim, me agarrei ao torpor e implorei por clemência com ardor.

Desgosto, viscoso, grudado, emplacado, incendiando, queimando, sufocando...

Porque eu? Sempre eu? Sempre entregue, não negue quem te ama, deseja, adora, implora por você.

Distância que me deixa inconstante, enche de advertência, cresce a abstinência e me faz violar;

Os cortes alastrados, a ardência crescente, o marasmo que invade, a arrogância que incide, resiste persiste.

No começo eram amores, flores, ouro, tesouro, bem me quer, mal me quer;

Hoje não restou nada, nada, apenas indiferença, falta de presença, descrença.

Amor... Onde está o amor? Aquele calor, bochechas ruborizadas, aquele imenso valor;

Mostra que tem pegada, me deixa abobada, vem e me fala, explana o que quer, aponta meus erros e prova o teu desejo.

Eu sei que é o fim, você não está mais afim, o fogo se apagou, derreteu e se meteu em um buraco sem volta.

Me devora, me deita na cama agora, se ancora em meu cais e se mostra fugaz;

Vem meu menino, noutra hora conversamos, agora só precisamos esquecer esse fim atroz.

Miss Fran G
Enviado por Miss Fran G em 13/07/2011
Reeditado em 25/05/2014
Código do texto: T3091668
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