Na rua da solidão.
Na rua da solidão eu plantei uma árvore de lágrima.
Na rua da solidão eu chorei sem nenhuma testemunha.
Na rua da solidão eu deixei minha marca de sangue jogada na calçada.
Na rua da solidão eu procurei por paz, mas só tristeza encontrei.
Na rua da solidão eu criei um mar formado por minhas lágrimas.
E de tanto chorar, meu coração de tanto sangrar desaprendeu a amar.
As lágrimas secaram e nada restou além da dor, nem mesmo as lágrimas.
E agora eu passeio sozinho pela rua da solidão, tentatando em vão encontrar meu coração.
Mas, não encontro.
Eu perdi meus sonhos.
E eu me desencontrei de meu coração.
E agora caminho só pela rua da solidão.