Agonia da borboleta

Aí vem o sol que brilha e queima,

meus olhos ardem,

Como miragens vejo os seres alados,

que volitam,flor em flor...

Chame os anjos e contemple.

Coberta de escuridão ela voa,

suas asas pesam.

Arqueja; os gestos nada tem

daquela graça inata e bela.

Luz mortiça lhe enche os olhos,

breve agonia lhe oprime o peito...

Silente,implacável vem o ceifeiro e sopra o fim que lhe dilacera o espiríto.