ETERNAMENTE

Amada minha que jaz ao meu lado,
Sem nada a pronunciar de teus lábios,
Hoje és simples corpo para o fundo da terra,
Outrora fortes a flor mais bela.

Amada minha que agora juntou-se ao vento,
Estive junto de ti na felicidade e no tormento,
Fui amante, amigo, companheiro,
Te dei amor carinho me entreguei por inteiro.

Suportei teus dias de fúria,
Acalentei tuas lágrimas,
compartilhei de todos os teus traumas.

Amada minha agora em autólise.
Tão lívida!
Inerte!
Imóvel!

Vá, funda-se com a atmosfera e volte para mim,
Em forma de brisa, chuva ou tempestade
Para banhar meu corpo por toda:
       ETERNIDADE




(Uma das primeiras composições que fiz na adolescência, para um personagem de RPG)
Maria Santino
Enviado por Maria Santino em 02/12/2006
Reeditado em 26/12/2013
Código do texto: T307928
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