Fitar o vazio

Olhos abertos no escuro

A mente divagando em sombras

No completo desapego


Esperar o escoar das horas

Fixando os ponteiros do relógio

Num movimento infinito


Afogar os soluços no silêncio

Continuamente pulsando

Dentro da angústia no peito


Esperar que nasça a aurora

Para que o dia prossiga

Dentro da mesma rotina