Em vão.
Entre a boca e o cigarro, a fumaça
Entre a caneta e o papel, a tinta
Já não importa o que faça
Jã não importa o quanto insista.
Embriagado agora descansa
Em um berço velho e quente
Já se cansou daquela dança
Entre ele e o inconsciente
O cigarro agora apagado
A caneta gasta e cansada
Então desnorteado
Ali sua primeira parada
Senta-se e põe-se a ler
Umas cartas amareladas pelo tempo
Lembra de tuas mentiras e vê
O quanto foi em vão seu tempo.
Dá adeus a vida e pede perdão
Implora pra si mesmo que se esqueça
Do quanto foi em vão
Quer tirar o pensamento da cabeça
Do quanto foi em vão,
do quanto foi em vão!