SONHOS, ESTRANHOS VULTOS

Sonhos, estranhos vultos

Meus pobres sonhos

Perdidos na marcha do tempo

Revoltos em passos descompassados

Girando no caleidoscópio dos sentimentos

Se soltos nas asas do vento

Seriam fortes e eu os teria como

Meus soldados cansados,

De ferir as mãos,

Cavando trincheiras.

Homens quase derrotados,

Sem rir, pobres em busca de pão.

Seus desejos de paz,

Invadiram fronteiras.

Só escuto lá atrás,

O barulho de pás,

Cavando trincheiras.

Relembrar o passado,

Ainda posso ver seus vultos

Andando atrás dos muros.

São tantos que formam fileiras

Caminham pelas beiras

Das sepulturas dos sonhos

Teimosos onde juntos

Não se entregam aos lutos

E correm, fugindo frenéticos

Na busca do amanhã

Que demora em chegar

será que eles irão alcançar?

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 05/07/2011
Código do texto: T3078046
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