SONHOS, ESTRANHOS VULTOS
Sonhos, estranhos vultos
Meus pobres sonhos
Perdidos na marcha do tempo
Revoltos em passos descompassados
Girando no caleidoscópio dos sentimentos
Se soltos nas asas do vento
Seriam fortes e eu os teria como
Meus soldados cansados,
De ferir as mãos,
Cavando trincheiras.
Homens quase derrotados,
Sem rir, pobres em busca de pão.
Seus desejos de paz,
Invadiram fronteiras.
Só escuto lá atrás,
O barulho de pás,
Cavando trincheiras.
Relembrar o passado,
Ainda posso ver seus vultos
Andando atrás dos muros.
São tantos que formam fileiras
Caminham pelas beiras
Das sepulturas dos sonhos
Teimosos onde juntos
Não se entregam aos lutos
E correm, fugindo frenéticos
Na busca do amanhã
Que demora em chegar
será que eles irão alcançar?