A Mulher.

Ó Mulher! Como és fraca e como és forte!

Como sabes ser doce e desgraçada!

Como sabes fingir quando em teu peito

A tua alma se estorce amargurada!

Quantas morrem saudosa duma imagem.

Adorada que amaram doidamente!

Quantas e quantas almas endoidecem

Enquanto a boca rir alegremente!

Quanta paixão e amor às vezes têm

Sem nunca o confessarem a ninguém

Doce alma de dor e sofrimento!

Paixão que faria a felicidade.

Dum rei; amor de sonho e de saudade,

Que se esvai e que foge num lamento!!

Autoria: Florbela Espanca.

Flor Bela de Alma da Conceição
Enviado por Flor Bela de Alma da Conceição em 05/07/2011
Reeditado em 16/08/2011
Código do texto: T3076357
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