ADEUS ÀS CRENÇAS...
É fragil toda a vida,
detalhes a fazem assim,
a dor, o amor,
o vislumbre do fim...
Quem dera eu fosse a beleza,
nada nela é triste, existe
em sua bela natureza,
a alegria contagiante
o prazer contaminante,
diferente de toda a tristeza.
Eu pari tantas inspirações,
mas posso dizer a meu ver,
que rara foi a felicidade
mundei a passos para crer,
que existe de verdade,
a poesia por caridade...
Poder? Sim posso acreditar,
mas a consciencia da fragilidade,
torna a crença na felicidade,
da poesia apenas um sonhar!
Agora... Se um dia na vida,
puder resgatar ínfimo sentido,
ao sol gostaria de ter alegria,
apesar do frágil ter vivido.
Não me pergunte agora,
se acredito nisso mesmo,
nada, tudo mostra por fora,
e vive o tempo assim, a esmo!
Acredite, então, em tudo
mas professe a ti, suas poesias,
ou as inertes maresias,
seu olhar triste e mudo!