Dor pela simples visão da realidade
Peço a Terra inverter de rotação...
Isso inverteria minha vida,
Por certo, sei disso, não.
Vou recorrer a qual subterfúgio?
Em qual caverna me enfiarei?
Por tantos espinhos,
Quantas rosas encontrarei?
Se eu talvez exalasse
O perfume das rosas...
Se eu talvez pudesse
Tocar o céu
Se eu pudesse...
Dos teus lábios ser o mel...
Caio em prantos...
Os motivos,ela diz, não existem
Ó meu Deus!
Há argúcia maior que apelar para este subterfúgio?
Se nos destes a capacidade de argumentação
Ela não é para que as coisas tenham motivo?
Para que tenham, as coisas, fundamentação?
Há uma dor terrível no meu peito
Há uma vontade de te canonizar,
Santa de ardores mil,
Porque sua sutileza é sensual,
O que é graça,
É também ardil
E nada, nada do que faço
Faz mudar...
Mudar como me vês!
Veja-me!
Como sou e como a desejo
Veja-me
E sinta por mim o que sinto por ti!
São gritos e exclamações,
Que não serão ouvidos....