A MORTE VENCEU A VIDA!


Vejo-te inerte,
Sem sonhos, sem dores...
Tendo por vestes,
Um manto de flores!

A fraca e tênue luz
Que entra pela janela
Não consegue disfarçar
A força da luz das velas.

Teus olhos, para sempre, velados,
Sepultam toda uma existência.
Teu corpo estranhamente gelado
Encerra uma linda convivência.

Um cheiro nauseabundo de flores
Invade, agride o ambiente,
Como que para anestesiar as dores
De quem te olha... descrente!

Tantos planos... quanta luta...
Quantas decepções... quanta ferida...
E uma vez mais, nessa disputa,
A morte venceu a vida!

Vejo-te inerte,
Sem desejos... sem cor...
Imune ao ódio;
Despido do amor!

Calando pra sempre
A sua emoção,
Alguém se aproxima
E fecha o caixão!

Oh, morte maldita e cruel!
Triste... dura realidade!
É o inferno copulando com o céu...
Parindo intensa saudade!

Deus! Por que morrer? Tendes resposta?
Senhor, piedade! Clemência!
A tristeza, pela ausência, imposta,
Supera a alegria da convivência!



                                                       Alexandre Brito - 29/06/2011
(*) Imagem: Google






Alexandre Brito
Enviado por Alexandre Brito em 29/06/2011
Código do texto: T3064736
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