POEMA DO IDOSO
Se meu andar é hesitante e minhas mãos trêmulas, ampare-me.
Se minha audição não é boa e tenho de me esforçar para ouvir o que você está dizendo, procure me entender.
Se minha visão é imperfeita e o meu entendimento escasso, ajude-me com paciência.
Se minha mão treme e derrubo comida na mesa ou no chão, por favor, não se irrite, tentei fazer o que pude.
Se você me encontra na rua, não faça de conta que não me viu. Pare pra conversar comigo. Sinto-me só.
Se você, na sua sensibilidade, me ver triste e só, simplesmente partilhe comigo um sorriso e seja solidário.
Se lhe contei pela terceira vez a mesma história num só dia, não me repreenda, simplesmente ouça-me.
Se me comporto como criança, cerque-me de carinho.
Se estou com medo da morte e tento negá-la, por favor, ajude-me na preparação para o adeus.
Nota:- Este poema foi escrito pelo aluno Maciel Alves Guimarães da Silva, com 14 anos, da 8a. série D da E.E. Ana Cecilia Martins de Sorocaba, após visita que os alunos daquela Escola fizeram ao Lar São Vicente de Paulo, onde sou voluntário.