Destroços de sonhos

 

É repugnante agüentar o corpo

Quando os pensamentos fogem atormentados

Pesada engrenagem jogado na cadeira

Balança num vai e vem autômato

Não passa de uma carcaça enferrujada

 

Nada faz sentido nesta vida encerrada

O antes e o agora uma sacola de dejetos

Expulsos da mente esgotada de erros

A alma agonizante pede estrema-unção

O olhar pedinte roga perdão com vergonha.

 

São pesadas nuvens a escurecer o horizonte

Medrosas orações buscam Salvação

Não existe como evitar a tempestade

Águas pesadas levam destroços de uma vida

O coração pulsa apavorado entupido de lama.

 

Jamaveira®

Jamaveira
Enviado por Jamaveira em 27/06/2011
Código do texto: T3060255
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