Destroços de sonhos
É repugnante agüentar o corpo
Quando os pensamentos fogem atormentados
Pesada engrenagem jogado na cadeira
Balança num vai e vem autômato
Não passa de uma carcaça enferrujada
Nada faz sentido nesta vida encerrada
O antes e o agora uma sacola de dejetos
Expulsos da mente esgotada de erros
A alma agonizante pede estrema-unção
O olhar pedinte roga perdão com vergonha.
São pesadas nuvens a escurecer o horizonte
Medrosas orações buscam Salvação
Não existe como evitar a tempestade
Águas pesadas levam destroços de uma vida
O coração pulsa apavorado entupido de lama.
Jamaveira®