Triste Inverno!

Só! Neste amargo inverno.
Entre quatro paredes descascadas.
Prendo um contido sopro interno,
Escuto o vento gelado em disparada.
 
Cavo nas cavernas escuras,
Lembranças alegres esquecidas.
Não encontro remédio, nem cura.
Eu causo revoltas e amargura.
 
Vou esperar o Sol voltar.
Pegar tristezas para queimar.
O som cortante do vento,
Está presente neste lamento.
 
Não sinto tua presença quente.
Não ouço teu coração pulsante.
Perdi você naquele instante.
Breve momento de pouca lucidez.
 
Tenho pensamentos misturados,
Um coração gelado e sofrendo.
Vou esperar pela Primavera colorida.
E assim continuar a minha vida.