Eu sou o “Frank Simata”.
Atravesso a rua olhando os carros.
Passo pelas pontes...
Estou louco para me jogar.
É só um passo para logo descansar.
Foda-se se vou para o que chamam de inferno,
Pois já me encontro nele.
É o outro lado da ponte que me chama mais alto.
É o movimento oblíquo é o que me trama.
É o meu drama de dias infelizes.
É um passa para sei lá, mas é um passo.
Pelo menos, darei um passo à frente.
Eu sou o “Frank Simata”.
Estou com a faca e o queijo na mão.
Eu sou o rato do bueiro. O sujo sujeito.
Eu sou a tal da lentidão.
Dá um passo, um dois, ladrão.
Se entrega à multidão movida pela depressão.
Desmorona a suavidade da cavidade de corpos destruídos.
Desiludido, o mundo já é.
Eu sou a ilusão.
Eu sou o ilusionista.
Renascimento? Eu podia até pensar...
Mas algo, lá embaixo, há de me chamar.
Se vá. Se vá, otário.
Mais um perdido entre o espaço em que o meio compasso decorre.