Confusão e Caminhos!

Milhares de sentimentos...

Inúteis sensações...

Nada corresponde ao que sinto.

Tudo é um pouco de ilusão.

Parto ao infinito das minhas eternas constelações:

Ao sol que me apodrece, rememorando estações –

Parto ao caminho dos meus sonhos.

Nunca descobri o sentido dos sentidos,

Então, nunca adiantou colher flores no meu andar...

Nunca adiantou trazer pedaços de passado para me conduzir,

Pois as estrelas sempre fingiram guiar

E eu sempre fingi sentir!

E Menti...

Menti sobre mim... E sobre o mundo!

Pois tudo foi um pouco do que queria ver nesse meu quarto escuro;

Tudo foi um produto de tudo o que não produzi;

De tudo o que não senti e mesmo assim insisti em sentir.

Feri-me!

Queria mais que o espaço...

E mais que o céu...

E mais que as estrelas no céu...

Queria as janelas de todos os segredos;

O caminho de almas viajantes e medos,

Mas nesse meu querer de caminhos, tornei-me distante,

Amante de partidas!

Ainda penso...

Ainda lembro dos juramentos ao céu nublado!

Ainda quero o silêncio dos eternos sons calados!

Sigo minha empreitada...

Viajando sozinho por essa terra parada.

Colecionando estrelas em noites apagadas

E nuas.

Sentimentos não tocam o céu...

Tudo é uma criação!

É o tempo tapando o olho,

Impedindo a visão,

Então tudo o que vivemos é uma distração!

Um golpe de vista...

Uma grande ilusão.

Dsoli

São Paulo, 24 de Junho de 2011.