DESENCANTO DA ALMA

De todo amor sentido

e trazido nas lembranças

esvaiu-se, como uma nuvem

de fumaça.

Eis que sai de mim,

atitudes inefáveis,

implode meus sentimentos,

e volta o vazio na alma.

Ah! Vida.

Vida, que acende as lanternas

em alertas constantes,

sem percebermos.

Vida, que constrói

castelos de areia,

que se desmoronam na fragilidade

de um bem querer.

Vida, que traz a solidão,

que transforma numa fração

de segundos, tudo em nada.

Vida ,que se faz sentir

a dor da saudade,

mesmo quando ela se

torna presente.

Vida, que se faz do

coração migalhas,

onde a dor reina

majestosa na angustia,

na tristeza.

Fecharei os olhos,

entregar-me-ei as lágrimas,

que formam o rio do

abandono, do desencanto,

onde mais uma vez

você foi tragado pelo medo,

e se perdeu em dois

tempos : em um mesmo amor.

0 coração fecha-se

novamente,o tempo

cicatrizará a ferida reaberta.

É triste não ter você,

amar você, sentir você...

Cássia Montezano
Enviado por Cássia Montezano em 22/06/2011
Reeditado em 24/04/2014
Código do texto: T3050943
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