Quero ficar bêbada para sempre
De que me vale a lucidez?
 
Se nela eu encontro os meus medos
Se tenho medo  do escuro
Se o mundo não gira...
Se em minha face há dureza
E eu preciso usar máscaras.
 
Eu quero ficar etilizada, etérea, intacta!
Completa nas vertigens
Que a embriaguez me trás

E o riso fica solto
E o meu corpo leve
E minha poesia viva
Entregue a devassidão
Dos meus desejos
E nos beijos que sóbrea
Eu nem me lembro mais
 
Esqueço desso amor
Que tem gosto de saudade
E de pranto derramado
Nessa estrada que mata
Com a falta dos teus sinais
 
Eu quero a embriaguez
Que me liberta de você e me dá paz.
   

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 20/06/2011
Reeditado em 20/06/2011
Código do texto: T3046765
Classificação de conteúdo: seguro