Sentimento em extinção

Havia um campo em meu peito.

Onde suaves brisas bailavam com flores silvestres,

Nesse espaço cresceu uma mata densa,

Com arbustos enormes.

Jogo-me mata à dentro,

A caça de um sentimento.

Pulo de galho em galho,

Umedecida de orvalho,

Que são lágrimas à derramar.

Às vezes piso em chão firme,

Tentando evitar os espinhos,

Que teimam em mim espetar.

Com raiva vou seguindo,

Pisando nos novos brotos,

Não é este o sentimento que procuro,

Mas é com ele que mim movo,

Ouço os gritos da esperança,

Mas nesta mata fechada,

É como uma criança rouca à chamar.

O seu eco se espalha,

O barulho atrapalha-me,

Continuo a caçar.

O que procuro é a alegria,

Que teima em se afastar.

graça Noronha
Enviado por graça Noronha em 19/06/2011
Código do texto: T3044191
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