Recôntido da Alma
A coordenação motora relutava
Em dirigir-se de encontros
Aos desencontros da vida.
O visual vestia-se embaraçado
Em corte costura remanescente,
Alinhavando o que restara das sobras.
As cordas vocais emitiam
Frases desconexas, palavras confusas
E assuntos inacabados.
O olhar mortiço úmido insistia
Um pranto entrecortado...
Ou em plena difusão retumbante.
Haja lágrimas prá chorar
Nas finalidades de cada existência perdida!
A vida se esvai em silencio de partida,
Mas a dor permanece ainda escondida
No recôndito de minh’alma.