...Cômoda... II
Sobre a cômoda do meu quarto,
Vazia de ti, e de nós...
Repousa mornas lembranças,
Na minha casa vazia da tua presença,
Permaneço em trevas deambulantes,
A queimar-me em brasas e desconfortos,
Ao buscar o teu corpo bonito e dourado,
Por entre os lençóis gelados,
De suores imprecisos...
Que perdi, ao léu, oscilante,
Na furtiva noite que imperava,
A devorar-me inteira em sofrimentos!
Sobre a cômoda do meu quarto,
Vazia de ti, e de nós...
Sufoco gritos e continuo a sonhar,
Com o amargor da tua pele,
Do teu gosto de desprezo,
A ferir-me n'alma... sem remorsos!
No crepuscular indivisível, exalo desaforos,
Impropérios, que vociferam incontidos,
Da janela do meu quarto em fumaças,
A refletir sobre o espelho quebrado dos anos...
Velhas sombras fantasmagóricas, e espalmadas,
Que incidem ressurgir no breu... do nada!
Sobre a cômoda em penumbra,
No meu recanto de tristezas,
Permanece em silêncio,
Irremediavelmente,
Fora de mim!
Sobre a cômoda do meu quarto,
Vazia de ti, e de nós...
Repousa mornas lembranças,
Na minha casa vazia da tua presença,
Permaneço em trevas deambulantes,
A queimar-me em brasas e desconfortos,
Ao buscar o teu corpo bonito e dourado,
Por entre os lençóis gelados,
De suores imprecisos...
Que perdi, ao léu, oscilante,
Na furtiva noite que imperava,
A devorar-me inteira em sofrimentos!
Sobre a cômoda do meu quarto,
Vazia de ti, e de nós...
Sufoco gritos e continuo a sonhar,
Com o amargor da tua pele,
Do teu gosto de desprezo,
A ferir-me n'alma... sem remorsos!
No crepuscular indivisível, exalo desaforos,
Impropérios, que vociferam incontidos,
Da janela do meu quarto em fumaças,
A refletir sobre o espelho quebrado dos anos...
Velhas sombras fantasmagóricas, e espalmadas,
Que incidem ressurgir no breu... do nada!
Sobre a cômoda em penumbra,
No meu recanto de tristezas,
Permanece em silêncio,
Irremediavelmente,
Fora de mim!