Ensanguentando.
O mundo do dinheiro me destrói.
O mundo do dinheiro me corrói.
Não há sentimento.
Enlataram o amor e o venderam em pacotes.
Tudo vira mercadoria.
Os sentimentos são tratados feito lixos.
Pois, que esse mundo me destrói.
Essa superficialidade me corta o corpo e a alma.
Tenho o coração furado por um espeto.
E eu sangro vertiginosamente ao ser obrigado a engolir toda essa porcaria que me atiram pela garganta.
Deus, que mundo é esse?
Qual é o meu lugar?
Porque não tenho paz?
Porque não sinto paz?
Onde foi morar a alegria que tanto me apraz?
Por que tanta sujeira, meu rapaz?
Pois, que esse mundo me traz desconsolo.
E eu quase morro.
Eu me perco em meu choro.
Não vejo sorriso onde minha alma triste se perde.
Só vejo lágrima e sangue a jorrar por meus olhos avermelhados de dor.
Tenho tanto medo de partir.
Tenho medo de encontrar um mundo ainda pior.
Deus, pra que tanta dor?
Onde foi parar o amor?
E eu me perco nesse meu pavor.
Eu sou um caco jogado no lixão desse mundo sem coração.
Tudo passa por mim, e eu não vejo.
Eu me perco totalmente nesse mundo sem alma.
Lágrimas calam meu coração.
E eu sou puro sangue meu irmão.
Tua fé não me consola.
Tuas palavras não me interessam.
E eu sou uma folha jogada ao vento.
Sou ferramenta velha atirada na tormenta.
Deus, pra que tanta dor?
Onde foi parar o amor?
E eu me perco nesse meu pavor.
Eu sou um caco jogado no lixão desse mundo sem coração.
Tudo passa por mim, e eu não vejo.
Eu me perco totalmente nesse mundo sem alma.
Lágrimas calam meu coração.
E eu sou puro sangue meu irmão.
Tua fé não me consola.
Tuas palavras não me interessam.
E eu sou uma folha jogada ao vento.
Sou ferramenta velha atirada na tormenta.
Eu sou esse galho seco jogado na estrada.
E por for, eu só vejo sangue.
Por onde vou, só vejo a tristeza.
Eu sou o reflexo da certeza.
A certeza do fim.
Mergulhado nessa sujeira.
Sigo eu ensanguentado.
Meu coração foi atravessado por um punhal.
E eu sou apenas restos de um triste animal.
Eu sou apenas restos de um animal.
Restos.
Eu sou restos de um animal.