CARCERE DO AMOR

Teu corpo é uma prisão,

Onde agonizam meus desejos.

Tua boca,teus labios,são uma cela,

Onde vivem exilados meus beijos.

Vejo a luz que me trespassa,

Pelas grades de teus olhos...

São algemas que prendem-me a ti.

A saudade de tua ausência,

São grades forjadas pelo vazio...

O tempo!!!Meu carrasco indomável;

Tortura-me impiedosamente dia-dia,

Trazendo-te á tona,em dolorosas lembranças...

Que retalha-me feito navalha;

Em minhas madrugadas insones.

Tua liberdade para com o mundo,

È quem eleva os muros dessa prisão.

Espero sem esperanças pelo meu julgamento...

Por saber que o júri de hoje,

São os que ontem alegremente,

Partilhavam de nossa privacidade.

E;como abutres em carniça,só esperam o momento,

De darem seu veredito:Culpado!!!

E prisioneiro do amor e da saudade,

Não pedirei clemência...

Pedirei-te perdão pelos meus erros,

E gritarei a todos os meus inquisidores:

Condenem-me!!!Mas saibam que eu a amo.

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 27/11/2006
Reeditado em 17/01/2012
Código do texto: T303147
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