Morte

Preciso tanto de uma mão,

pra me levantar,

preciso tanto ver a luz,

quem sabe, me salvar,

mas tudo que vejo,

eu caindo em meio a espinhos,

que rasgam meu coração e,

sangram minha alma,

quem me ajudará, pois não vejo

ninguém,

esses problemas que me assolam,

pela falta de amor,

são momentos sangrentos, registrados

aqui dentro, no mais profundo

a desilusão e desesperança

me tomaram conta, dominaram o meu eu,

eu vejo a sombra negra, o vazio mais uma vez,

a tristeza profunda que me derruba,

estou num penhasco, a beira da morte,

chegou o fim, meu coração está morto,

cadê o amor que todos falam?

não o sinto, não me sinto amada,

pois todos querem me derrubar,

me vigiam, me atormentam,

me criticam em todo o tempo,

nunca ansiei tanto a sua chegada,

morte, me leve e faz de mim sua estrada,

entre em meu ser, me consuma por inteiro,

pois o único orgão que não poderia morrer,

já mataram, pelo desgosto e desamor,

de forma cruel e lenta,

cortando cada pedaço, esperando

o sangue derramado virar mar,

o mar sangrento e vermelho,

cada corte feito, não cicatrizado,

pois nunca deixaram, aparecer

cicatrizes, feridas sempre abertas,

tudo que sempre tive, sempre

e hoje só me resta dizer á ti:

Bem vinda minha morte!

Amanda Martins
Enviado por Amanda Martins em 12/06/2011
Código do texto: T3030792
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