CAMINHOS DESERTOS


Meus caminhos,sempre desertos serão,
dessa estrada, nunca verei um fim,
por que essa vil imagem da solidão
está sempre caminhando junto de mim.

Caminho em silêncio, triste andarilho,
trazendo na alma tamanha infelicidade,
será sempre ermo e sem vida, o trilho,
por que tem a companhia de uma saudade.

Sempre sem luzes, monótono caminho,
sempre silencioso, sempre deserto,
mas continuo, pisando sobre espinho,
por tristes rotas, e um rumo incerto.

Uma estátua na vida, assim sou eu,
que sem alegria vegeta por aqui,
sou preso, em quem a tempos morreu,
sei que fui com ela, e nem percebi.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 10/06/2011
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